Na última terça-feira (20), Boninho, diretor da Globo, surpreendeu a muitos ao curtir uma publicação polêmica de Luis Erlanger, ex-executivo da emissora, que fez duras críticas a Silvio Santos. Na publicação, Erlanger afirmou que, apesar de Silvio Santos ser um ícone da televisão brasileira, ele “só tem santo no sobrenome”. O ex-global ainda completou dizendo que no Brasil, “morrer vem com anistia automática e bajulação”, insinuando que a morte de figuras públicas muitas vezes acarreta em uma reavaliação positiva de suas vidas.
A publicação de Erlanger gerou bastante repercussão, especialmente pelo fato de trazer à tona questões controversas relacionadas à trajetória de Silvio Santos e seu papel na mídia brasileira.
Acusações de Plágio e Outras Polêmicas
Um dos pontos mais comentados da crítica de Erlanger foi a acusação de que Silvio Santos teria furtado o projeto original do Big Brother Brasil, adaptando-o para criar o reality show “Casa dos Artistas”. Segundo Erlanger, esse programa foi lançado em 2001, um ano antes do BBB estrear na Globo. A Casa dos Artistas foi um sucesso imediato, gerando muita discussão sobre as semelhanças com o formato do Big Brother.
Além disso, Erlanger trouxe à tona antigas polêmicas sobre outros empreendimentos de Silvio Santos, como o Baú da Felicidade, que ele chamou de “picaretagem”, e a Tele Sena, que descreveu como “um modelo de aposta proibido disfarçado de título de capitalização”. Essas acusações reacenderam debates sobre a legalidade e ética por trás dos negócios do empresário.
Conexões com o Regime Militar e Outras Controvérsias
Outro tema abordado por Erlanger foi o apoio de Silvio Santos ao regime militar no Brasil. Ele lembrou que, assim como Roberto Marinho, fundador da Globo, Silvio também apoiou a ditadura, tendo inclusive recebido concessões do presidente Figueiredo. Erlanger ainda mencionou as campanhas do SBT que exibiam o slogan do regime militar “Brasil, ame-o ou deixe-o” e o retorno, durante o governo Bolsonaro, do programa “A Semana do Presidente”, que havia sido originalmente exibido durante a ditadura.
Para completar, o ex-executivo também relembrou a fraude do Banco Pan-Americano e a disputa de terras entre Silvio Santos e Zé Celso, envolvendo o terreno próximo ao Teatro Oficina.
Após a repercussão negativa da curtida, Boninho rapidamente a removeu, mas o gesto já havia causado um grande burburinho nas redes sociais.
Veja o vídeo:
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